A Economia criativa, também denominada Economia Laranja (a cor está associada à criatividade), desempenha um papel fundamental na sociedade para além do território nacional, sendo um diferencial competitivo no cenário mundial, pois gera empregos, promove a inovação e contribui para o bem-estar dos indivíduos. Mas, afinal, o que caracteriza essa economia?
O principal insumo desse setor é intangível, inesgotável e está em constante evolução. Somos nós, as pessoas. Diferentemente de bens materiais, a nossa criatividade advém do conhecimento. Conforme a Dra. Fernanda Antoniolo Hammes de Carvalho (CEO da Insight Consultoria Educacional e Corporativa) apresentou durante a live Moda + Criatividade + Neurociências, todos nós somos seres criativos. O ambiente em que estamos inseridos estimula ou não o comportamento criativo. Por isso, é importante ressaltar as características que permitem o exercício e aprimoramento do nosso lado criativo: liberdade (para pensar, se expressar, explorar e questionar), abertura ao novo (ter pensamento flexível, ser curioso), mindset sistêmico e colaborativo.
Atualmente, as atividades criativas aliam as artes tradicionais com as novas tecnologias e resultam em produtos e serviços que representam um número significativo no PIB de alguns países. Porém, cabe ressaltar que nem toda ideia gerada vai ser comercialmente viável. Entretanto, isso não descaracteriza a importância dela. De acordo com especialistas, esse tipo de economia tende a crescer mais que as economias “tradicionais”, uma vez que o ativo criatividade ganhou notoriedade com o fomento de atores internacionais como, por exemplo, instituições financeiras.
Entretanto, apesar do ganho de relevância global, a indústria da criatividade foi uma das mais afetados pela pandemia do Coronovaírus e, segundo dados da UNESCO divulgados em 2022, é um dos setores com maior número de empregos informais e que faz uso de contratos de trabalho de curta duração. Essa área favorece a inclusão e o trabalho colaborativo, onde a maioria são mulheres e jovens.
Possuindo o conhecimento como base da sua indústria, a Economia Laranja atua de forma transformadora e inovadora no âmbito social e econômico, caracterizando assim a criatividade como uma ferramenta fundamental (e renovável) para o crescimento e desenvolvimento sustentável.